terça-feira, agosto 08, 2006

Ilhéu de São José



Já neste espaço tive a oportunidade de falar num dos dois ilhéus que se encontram na baia do Funchal, ligados a terra por meio de uma estrada e de grandes muralhas, fazendo hoje parte do Porto do Funchal, também conhecido como a Pontinha. Por isso hoje destacarei o outro ilhéu, o de S. José.
O mais pequeno dos dois, o Ilhéu de S. José é também o que está mais perto de terra, obtendo por esse facto uma enorme importância desde a altura da descoberta, pois era usado como local de desembarque quando as condições marítimas, não permitiam faze-lo na praia e mais tarde, após a ligação a terra, em 1776, passou mesmo a ser a principal porta de entrada e saída de toda a ilha.
O Ilhéu também ganhou grande importância devido ao facto de desde o inicio ter sido lá implantado um pequeno forte, que ao longo dos anos teve as mais diversas utilizações, na sua maioria nada condizentes com o estatuto de uma das primeiras fortalezas de toda a ilha.
Em 1903 os governantes resolveram vender o ilhéu a particulares, tendo este sido adquirido pela firma Blandy, permanecendo nesta família até que ano 2000 quando um grupo de madeirenses resolveu adquiri-lo, com a finalidade de revitalizar aquele espaço dando-lhe o tratamento devido e merecido.
É sem duvida uma atitude louvável, agora só espero que o forte não se transforme em mais um restaurante ou bar pois se era mau, ver aquele espaço ao abandono, penso que também não será bom ver um espaço de muita história e que à muitos anos visito, transformado num estabelecimento igual a tantos outros.
Uma palavra de censura aos governantes madeirenses que tiveram oportunidade de readquirir aquele espaço e fazer dele um local de referência cultural, e nada fizeram.
Quem quiser saber mais sobre o Forte de S. José, visite o http://www.fortesaojose.com/.

3 comentários:

Anónimo disse...

Este poste me lembrou de algumas antigas foto's que eu vi no site madeiraarchipelago.com. Lá têm uma serie de foto's antigas (Vintage Madeira) da Madeira que eu gosto enormemente. Como por exemplo está de 1850/60 : http://www.madeiraarchipelago.com/photo/displayimage.php? album=17&pos=111

Anónimo disse...

Eu sou o dono do Forte fortesaojose@gmail.com
foi lamentavel o modo como os portugueses me trataram e me desconsideraram e desrespeitram-me.
A atitude que vou tomar até é das mais nobres para os madeirenses depois de me ameaçarem de morte quando eu apenas queria fazer o que o governo queria fazer e não me deixaram porque era de familias pobres e meu pai foi chauffer de táxis e como disse um governante local:
Voce pensa que vai conseguir alguma coisa com a gente graúda! Não vende não faz nada

Anónimo disse...

Temos de ter muita calma ao lidar com estas situações.
Não estou muito por dentro da questão mas parece-me que há uma birra entre as duas partes.
Se o objectivo é apenas vingança, não vale a pena fazer nada, nem restaurar nem publicitar. Considero que o objectivo é 1º dar aos madeirenses um contributo para a digificação e conservação de uma peça do património Regional. para tal, é imprescindivel a boa vontade de todos e sobretudo um bom ambiente. está em causa uma peça de inestimavel valor para todos e portanto era bom que houvesse conversações no sentido de o governo ter o seu contributo legitimo como responsável pela gestão do patrimonio regional nunca descurando o facto do senhor Renato ser o legitimo dono ou gerente dos terrenos do ilheu e por consequencia, o forte.
da minha parte, darei o meu contributo para a divulgação de um espaço que a todos pertence.
bem hajam