sábado, dezembro 31, 2005

Fim-de-Ano na Madeira


E chegamos ao final de mais um ano. Na passagem de 2005 para 2006 os votos repetem-se: que o novo ano seja melhor que o anterior.
Como sempre o espectáculo pirotécnico no anfiteatro do Funchal é muito procurado, tanto por residentes como por turistas.
Este ano estão programados 40 postos de fogo-de-artifício que irão originar 90.000 disparos.
É também “tradição” ver o Porto do Funchal encher-se de Paquetes que, à meia-noite, provocam uma melodia com as suas “buzinas”. Nesta noite mágica são esperados 11 Paquetes (Van Gogh, Albatroz, Maxim Gorkiy, MSC Opera, Queen Elisabeth 2, Athena, Aurora, Lili Marleen, Costa Marina, Black Prince, PFC Dwayne T. Williams – que fará escala de rotina – e Saga Rose – que não fará escala) que trarão mais de 10.000 turistas à Madeira.
Para além de postos terrestres, haverão 6 embarcações que servirão de postos marítimos, 3 em frente à baía (Sena Lino, Coadouro e Bisonte) e 3 por detrás da Pontinha (Arco, Baixio e Porto Novo).
Os residentes também têm uma participação especial nesta noite, pois são convidados pela Secretaria Regional do Turismo e Cultura a iluminarem as casas viradas para o Funchal com velas e luzes para tornarem o espectáculo mais colorido e luminoso.
É esperado também um mar de gente que irá preencher todos os espaços do Cais, Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses, Avenida Sá Carneiro, alguns miradouros (Neves, Pico dos Barcelos, Nazaré, Pico Alto e outros pequenos miradouros) e até o Pico da Cruz (Nazaré) será coberto por um “manto de olhos” à espera das 12 badaladas.
Mas que não se pense que este espectáculo é exclusivo do Funchal. Porto Moniz, Machico e Porto Santo também aderiram a este costume.

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Curral das Freiras


Freguesia do concelho de Câmara de Lobos, o Curral das Freiras foi desde sempre um dos locais mais isolados da Ilha da Madeira, ficando situado na cratera de um vulcão extinto, rodeado por enormes montanhas, sendo atravessado pela Ribeira dos Socorridos.
No inicio da colonização foi lhe dado o nome de Curral, pois era um local de abundantes pastagens, aproveitadas para a criação de gado, mas por volta de 1480 foi doado ás freiras do Convento de Santa Clara, advindo daí o actual nome de Curral das Freiras.
Os habitantes do Curral das Freiras sempre se dedicaram principalmente á agricultura, fruticultura e criação de gado, tendo como produtos mais famosos, a Cereja, Noz, Ginja e não esquecendo aquele que talvez seja o mais importante, pois é feita uma festa anual em sua honra, a Castanha.
Actualmente, com a abertura de novos acessos, o Curral das Freiras tem apresentado um desenvolvimento acelerado, não sendo mais aquele local isolado, só espero que este rápido desenvolvimento não desvirtue aquela terra, por muitos considerada como a mais tradicional da Madeira.

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Bálsamo


O Bálsamo – Lampranthus multiradiatus – também conhecido por Chorão, é uma planta herbácea e rastejante.
As suas folhas parecem tubos compridos (até 4cm), carnudos e “suculentos”.
As flores medem cerca de 6 cm, têm muitas pétalas também compridas e muito finas, a sua forma circular é quase perfeita e existem em várias cores – lilás, rosa, branco, laranja – que tornam os jardins mais coloridos entre Abril e Outubro (normalmente).
Esta espécie originária da África do Sul é curiosamente engraçada: as suas flores seguem a trajectória do Sol e, ao fim do dia, fecham-se – as pétalas unem as suas extremidades como se de um ritual diário se tratasse.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Padrão das Descobertas



Como o próprio nome indica, o Padrão das Descobertas foi concebido para homenagear a epopeia portuguesa das Descobertas, e que melhor local para fazê-lo senão onde tudo começou, na Ilha do Porto Santo.
Situado na Alameda do Infante, mesmo à entrada do Cais Velho, este monumento rectangular feito de cantaria, com relevos alusivos às descobertas portuguesas, foi inaugurado a 28 de Agosto de 1960, sendo autor do projecto o Arquitecto Chorão Ramalho.
Devido à sua forma o é popularmente conhecido, como o “Pau-de-Sabão”.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Pombo-da-Rocha


O post de hoje sai em jeito de dedicatória ao seu “fundador”, foi especialmente reservado para o dia de hoje.
O Pombo-da-Rocha – Columba livia atlantis – é uma ave que está amplamente distribuída no arquipélago da Madeira (com a excepção das ilhas Selvagens). Pode ser encontrada desde o Funchal até o Pico do Areeiro, ou seja, não tem um habitat definido.
Existem duas formas desta espécie: a pura e a feral.
A pura é de cor acinzentada, com duas barras alares pretas, uropígio branco e ponta da cauda preta. É ainda caracterizada pelas patas vermelhas, bico preto e cera (pele que situa-se mesmo acima do bico) branca.
Quanto à forma feral, apresenta as mais variadas cores e padrões (como o exemplo da foto).
Apesar de ser abundante, esta espécie está ameaçada pela hibridação (acção que provém de um cruzamento entre duas espécies diferentes, neste caso entre duas formas diferentes: a pura com a feral). Esta ameaça está reduzindo pouco a pouco a forma pura do Pombo-da-Rocha.
O macho ao cortejar a fêmea, tem um ritual um pouco caricato: arrasta a cauda pelo chão, enche o peito de ar e emite um som forte. Durante o voo a corte é feita pelo bater das asas: é feito de modo demorado.
O ninho tanto pode ser construído em rochas (preferencialmente), como também pode ser “improvisado” num vaso de flores (aconteceu na varanda da casa do meu pai há 3 anos atrás). A sua postura tem normalmente dois ovos que irão originar “borrachinhos”. O casal costuma partilhar as tarefas de incubação e cuidados dos borrachos.

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Levada da Silveira



A levada da Silveira está situada no Sítio da Silveira, Concelho de Santana, tem a sua madre na Ribeira dos Arcos e foi criada com o objectivo de captar as suas águas para a rega.
Para lá chegar é fácil, basta seguir pelo caminho das Queimadas e ter em atenção que logo após às últimas casas encontrará uma pequena levada no lado direito. Aí inicia-se o passeio.
Do caminho das Queimadas à madre da Levada, na Ribeira dos Arcos, temos uma distância de 5 km. Apesar de algumas vezes os passeios de ida e volta serem um pouco aborrecidos, garanto-vos que este de certeza prenderá a vossa atenção, não estivéssemos numa zona bastante rica da Laurissilva, alternando com zonas cultivadas e vistas magnificas de Santana, não faltando o tradicional túnel, para refrescar um pouco o espírito. Eu pessoalmente prefiro fazê-lo no Outono, devido à grande quantidade de fungos que podemos encontrar, mas com certeza que é um passeio agradável em qualquer altura do ano.

domingo, dezembro 25, 2005

Perinhos


Uma das plantas ornamentais mais procuradas nesta altura do ano, o Perinhos – Pyracantha angustifolia – é um arbusto espinhoso coberto por uma fina camada de "pêlo".
As suas folhas compridas (de 3 a 5cm) variam entre o verde/forte e o verde/acastanhado, enquanto que os seus “frutos” são pequenos (até 1cm), alaranjados e têm uma forma redonda e achatada ao mesmo tempo.
Quando está em floração, entre Fevereiro e Junho, exibe inúmeras flores brancas que saindo de pontos diversos da mesma haste, elevam-se à mesma altura.
É uma espécie introduzida na Madeira originária da China.

sábado, dezembro 24, 2005

Natal


O Natal na Madeira, ainda guarda muitas tradições, sendo vivido tanto de uma maneira religiosa, como profana.
Tudo começa com as madrugadoras Missas do Parto, iniciadas com uma Banda filarmónica que vai de porta em porta, noite dentro, pelos sítios entoando musicas próprias da época, acabando na Igreja. Mas o ponto alto é a participada Missa do Galo, celebrada na noite de 24 de Dezembro, onde em algumas paróquias não falta a sempre bonita representação teatral do Nascimento de Jesus.
A nível religioso temos ainda o tradicional Presépio ou Lapinha, que é sem dúvida alguma, o maior símbolo do Natal, representado na foto deste post, o presépio do autor.
Na vertente profana temos as iluminações de Natal, tanto nas ruas como nas habitações particulares, temos também aqueles locais de diversão característicos da época, com carros eléctricos, montanha russa, circo e muitas outras coisas; e a troca de presentes na noite de Natal.
Na parte gastronómica, temos a Carne vinho e alhos, o bolo de mel, as broas, a Canja de Galinha, o Cacau, os licores caseiros, e outras coisas características dos próprios Concelhos.
Desejamos a todos umas Boas Festas e um Feliz Natal, com muita paz e Amor!

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Sátiro da Madeira


Os machos desta espécie são ligeiramente mais escuros e são menos coloridos que as fêmeas.
Uma borboleta cujas cores cingem-se ao amarelo/alaranjado, castanho, branco e preto/cinza fazem-na, muitas vezes, passar despercebida.
É muito vulgar acima da cota dos 1000m (Pico do Areeiro Parque Ecológico do Funchal e Paul da Serra são os principais locais onde pode ser encontrada) em zonas arborizadas e ricas em Urzes, embora também seja frequentadora de locais secos e rochosos. É mais abundante no Verão, época em que ao passear de carro, principalmente pelo Paul da Serra, não deverá surpreender-se por “atropelar” algumas delas e, se reparar bem, verá que outras tantas estão já mortas espalhadas pelo asfalto.
As flores mais apreciadas pelo Sátiro da Madeira – Hipparchia maderensis – são as de silvado e as de oregãos.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Caveira



Aqui temos mais uma daquelas pequenas maravilhas que passam despercebidas, mas que são de uma beleza fascinante.
A Caveira – Acherontia átropos – é uma borboleta nocturna, famosa por ter na parte dorsal um desenho parecido com uma caveira humana, sendo uma das borboletas mais pesadas da Europa, pode alcançar uma envergadura de 12 cm, com uma cor escura, as suas asas posteriores são de cor amarela e preta, tendo a particularidade de ser um daqueles poucos insectos que imitem sons, neste caso, quando nós lhe pegamos emite um som estridente.
Devido ao desenho da caveira, esta bela borboleta foi sempre conectada com a morte, e Lineu ao dar-lhe o nome cientifico em 1758, inspirou-se na mitologia Grega, escolhendo Acheronte, que era o rio que as almas condenadas atravessavam, e Caronte a figura que as acompanhava nessa travessia.
Outro facto digno de relevo é que esta mesma borboleta foi utilizada no poster do filme “O Silêncio dos Inocentes”, que como todos nós sabemos foi um filme de muito sucesso.Futuramente postaremos a larva desta linda borboleta, pois também tem uma beleza muito própria.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Sapatinho


O Sapatinho – Paphiopedilum insigne – é uma flor característica desta época do ano.
O seu nome foi-lhe dado pela sua forma, parecida com um sapatinho. É também conhecido por Sapatinhos de Papa e Sapatinhos de Dama.
Aqui na Madeira existem algumas espécies, esta em particular é a mais vulgar, de flores que vão desde o castanho-claro ao amarelo-esverdeado, que crescem em caules solitários com cerca de 10cm. A parte superior da flor é de um verde suave coberto por “sardas” castanhas e possui um contorno branco. As suas folhas são verdes, compridas e um pouco rígidas.
Alguns floricultores cultivam esta planta, originária da América e do Nepal, para depois a exportarem – Alemanha e Suiça são os principais mercados.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Maracujá-Banana


Passiflora mollissima é uma planta trepadeira, considerada por muitos, uma verdadeira praga.
Apesar de ter frutos saborosos, invade territórios que não lhes pertencem. Algumas partes da Floresta Laurissilva são literalmente atacadas por esta espécie invasora originária da América do Sul.
As suas flores são grandes e têm uma coloração agradável – as cores rosa, rosa claro e branco fundem-se numa harmonia perfeita – possuem uma espécie de coroa no centro, estão penduradas e são solitárias. As suas folhas verdes têm um brilho que torna a planta ainda mais fotogénica.
O seu fruto é chamado Maracujá-Banana por ter a forma de uma Banana. Depois de maduro adquire uma cor amarelada, mas enquanto isso não acontece, o verde é a cor predominante.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Fonte Monumental - Rotunda do Infante


A construção deste belo monumento foi marcada por 4 etapas:
- A 1ª foi a construção da lagoa, da autoria do arquitecto Faria da Costa, que foi inaugurada em Março de 1948.
- A 20 de Novembro desse mesmo ano foi montada no centro da lagoa a “Esfera Celeste”, concebida pelo escultor António Duarte.
- No dia 26 de Agosto de 1966 acenderam pela primeira vez o arranjo luminoso colocado na Fonte Monumental (nome pela qual era conhecida na altura).
- Em Outubro de 1992, a fonte foi demolida devido a problemas de estabilidade, ficando a sua reconstrução concluída em Fevereiro de 1993.
Agora, mais conhecida pela Fonte da Rotunda do Infante, este monumento faz as delícias dos fotógrafos, sejam eles profissionais ou simples amadores.

domingo, dezembro 18, 2005

Solar dos Esmeraldos


Ao chegarmos à Lombada dos Esmeraldos, mais conhecida como Lombada da Ponta de Sol, uma enorme casa cor-de-rosa prende-nos a atenção.Trata-se do Solar dos Esmeraldos.
Mandado construir em 1494, pelo abastado comerciante flamengo João Esmeraldo, que aforou as terras da Lombada para a cultura da cana-de-açúcar, o Solar dos Esmeraldos sofreu inúmeras modificações e ampliações com o decorrer dos anos chegando até a ficar esquecido em ruínas, até que em 1931 o Estado tomou conta dele transformando-o numa escola.
Talvez não fosse má ideia, transformar aquela que já foi considerada a maior casa da Madeira num museu que nos mostrasse o quotidiano da cultura da cana-de-açúcar na Madeira no sec. XV e XVI, mas de qualquer modo ser uma escola também dá a dignidade que o Solar merece.

sábado, dezembro 17, 2005

Orquídea da Serra


A Orquídea da Serra – Dactylorbiza foliosa – é uma planta herbácea que vai desde os 20 cm aos 70 cm de altura.
As suas folhas verdes medem até 30 cm e secam após a floração. Destas sai uma “espiga” que será coberta pelas flores lilases ou rosas no Verão – entre Maio e Julho.
Das orquídeas exclusivas madeirenses, esta é a espécie endémica mais comum., e gosta de ambientes sombrios e húmidos.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Rainha de Espanha




Eis aqui, uma pequena descoberta que fiz durante um passeio numa levada, infelizmente foi a única vez que vi uma borboleta destas.
A Rainha de Espanha - Issoria lathonia - é uma borboleta de tamanho médio (sensivelmente do mesmo tamanho que a Ariana da Madeira), que apesar de já ter sido uma muito comum aqui na Madeira, agora encontra-se na "tabela" das borboletas raras, as únicas que por cá aparecem são, provavelmente, migradoras vindas do Continente, das Canárias e do Norte de África.
O padrão é semelhante entre os dois sexos, amarelo e castanho podendo ser comparado ao padrão de um leopardo, e tem uma alimentação à base principalmente de Violetas.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Carqueja


A Carqueja – Ulex europaeus – é um arbusto considerado invasor que cobre de amarelo e verde grande parte das nossas serras.
Caracterizada pelos seus espinhos, pode atingir 1m de altura. As suas flores são de um amarelo muito lindo, pequenas e muito apreciadas pelo gado bovino (podem observar esta procura na zona da Fonte do Bispo/Galhano).
Esta espécie é originária do Oeste e Sudoeste da Europa e que, aqui na Madeira, estende os seus galhos espinhosos, forrados de inúmeras flores entre Janeiro e Junho (normalmente). Digo normalmente pois não é de estranhar ver estes arbustos ainda em flor no mês de Novembro (como é o caso do exemplar da foto).

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Monumento aos Mortos da Grande Guerra


Com este monumento pretendeu-se homenagear os soldados portugueses mortos no decurso da 1ª Guerra Mundial, sendo a sua 1ª pedra lançada a 11 de Novembro de 1935, mas só viria a ser inaugurado a 2 de Fevereiro de 1952.
O monumento em forma de obelisco, está situado na avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses.

terça-feira, dezembro 13, 2005

Tangerão-Bravo


Arbusto que pode atingir os 3m de altura, coberto de finos e curtos pêlos e, normalmente, apenas dá flor uma única vez.
As suas folhas curvadas são enormes, chegam a atingir 30cm e estão dispostas na base da “espiga” que sustenta as flores. O contorno destas é parecido a um serrote.
Apesar de possuírem um amarelo muito bonito, as flores desta espécie destacam-se mais pelo vermelho/púrpura adquirido com a maturidade da planta. Antes de desabrochar as suas cores cingem-se ao verde e amarelo suaves. É de realçar ainda que a “espiga” que exibe as flores constitui até 1m do total do arbusto.
O Tangerão-Bravo – Musshia wollastonii – é uma espécie endémica da Madeira que prefere ambientes húmidos e sombrios e que floresce em Agosto e Setembro, embora alguns exemplares exibam as suas flores ainda no mês de Outubro.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Levada da Fajã da Ama



A levada da Fajã da Ama, também conhecida como a Levada da Fajã do Rodrigues, situa-se nas serras do concelho de S. Vicente, tendo a sua origem na Ribeira do Inferno, atravessando os sítios da Fajã do Rodrigues, Furna da Areia, Cortados, Fajã da Ama, Curral dos Burros até chegar à Achada do Loural onde começa o túnel de cerca de 3 Km que irá acabar na Central Hidroeléctrica da Serra de Água, destino final das Águas.
A principio tinha como função o regadio, mas há poucos anos foi construído um túnel até a Serra de Água, de maneira a aproveitar as águas para a Central.
Para os amantes da natureza, é sem dúvida um passeio extremamente agradável, pois apesar de ser não ser uma levada muito grande em extensão, é muito rica em diversidade, tanto em paisagem natural, como humanizada, onde destaco a Ribeira do Inferno, e os vales espectaculares cobertos pela Laurissilva, que nos dão uma sensação de estarmos longe da civilização, o vale de S.Vicente com os tradicionais poios trabalhados com muito esforço pelos agricultores, sem esquecer os habituais túneis que sempre dão um pouco de sal aos passeios.

domingo, dezembro 11, 2005

Nenúfar


O Nenúfar – Nymphaea – é uma planta aquática vigorosa de folhas grandes (entre 15 e 35 cm) e redondas, cuja coloração não se limita ao simples verde, têm sempre uns resquícios de castanho e são muito apreciadas pelos sapos que vez por outra “descansam” sobre elas.
Quanto às flores, existem várias cores – branco, amarelo, vermelho, rosa escuro e rosa claro. As suas pétalas têm forma de lança e o seu miolo amarelo parece uma coroa.
Aqui na Madeira esta planta é utilizada para ornamentação, sendo normalmente colocada em lagos e poços e floresce entre Abril e Agosto (normalmente).
Como curiosidade, nenúfar significa pureza do coração e está ligado a diversas lendas mitológicas.

sábado, dezembro 10, 2005

Ilhéu da Rocha das Vinhas


Situado perto da praia de S. Jorge, no concelho de Santana, o Ilhéu da Rocha das Vinhas, também conhecido como o Ilhéu de São Jorge, faz parte da Reserva do Sitio da Rocha do Navio, protegida e mantida pelo Parque Natural da Madeira.
Apesar de ser relativamente pequeno, com uma altura de cerca 30 metros, é de grande importância a nível ornitológico e paisagístico.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Lavandeira


A Lavandeira da Madeira – Motacilla cinerea shmitzi – difere das suas congéneres (dos Açores e das Canárias) na coloração, é um pouco mais escura.
É uma ave facilmente identificável pelo movimento contínuo da sua cauda comprida, pelo seu peito amarelo vivo, pelo seu voo característico (sobe e desce, como as ondas) e pelo som que emite, agudo e forte.
Pode ser encontrada perto em zonas com água, como ribeiras e levadas desde o litoral a zonas de maior altitude.
A sua alimentação limita-se aos insectos de pequeno porte, os quais captura efectuando voos rápidos.
Crê-se que esta ave possa fazer cerca de 3 posturas por ano, em Estações diferentes (provavelmente não têm um período de postura “estipulado”).

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Coprino Micáceo


Pequeno cogumelo de chapéu em forma de sino, acastanhado e coberto de pequenos grânulos brilhantes de 2 a 4 cm, e pé branco até 8 cm.
O Coprino Micáceo – Coprinus micaceus – é muito comum na Madeira, crescendo sempre sobre troncos e cepos, mesmo quando cresce no solo, está em contacto com madeira enterrada ou raízes mortas.
Normalmente crescem agrupados entre Outubro e Dezembro.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Bela Dama


Nesta espécie as fêmeas são ligeiramente maiores que os machos e têm um padrão muito semelhante. As cores são apenas 4: branco, preto, amarelo e castanho, mas combinadas entre si, tornam esta pequena borboleta muito vistosa e fotogénica.
É uma borboleta migratória, mas também pode ser considerada residente da Região.
Para quem estiver interessado, a Bela Dama – Cynthia cardui – é facilmente encontrada em jardins e locais floridos.

terça-feira, dezembro 06, 2005

Ponte Velha do Faial


Uma das obras públicas mais importantes do início do século 20, no arquipélago da Madeira, tanto pela sua utilidade, como pela sua beleza e engenho humano, tendo a sua construção decorrido entre os anos de 1904 e 1910.
A velha Ponte do Faial, atravessava a Ribeira do Faial e foi durante muitos anos a maior ponte da ilha da Madeira em extensão, com os seus 130 metros de comprimento e os seus 7 arcos, que levavam muitas pessoas a referi-la como a Ponte das Sete Bocas.
No dia 02 de Março de 1984 um forte temporal assolou a costa norte, levando a que a velha ponte não resistisse á fúria das águas da ribeira, acabando por desmoronar-se 4 dos seus 7 arcos. A sua reconstrução foi posta de parte, sendo construída uma nova ponte a escassos metros, a Ponte 1 de Julho.
Os 3 arcos que sobreviveram ao temporal, fazem hoje em dia parte do património da freguesia do Faial, sendo-lhes atribuído a designação de Imóvel Classificado de Valor Municipal, o que sem dúvida vem restituir um pouco do valor devido.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Orquídea-de-Cana


A Orquídea-de-Cana – Sobralia macrantha – é uma planta de folhas “franzidas” e compridas.
Os seus caules são ocos, direitos e podem atingir 1,5m de altura.
As suas flores grandes variam entre o rosa forte e o branco e estão situadas no topo do caule.
É uma espécie originária do México e floresce, aqui na Região, entre Maio e Agosto.

domingo, dezembro 04, 2005

A Cara


Na Achada do Teixeira, a escassos metros do marco geodésico do Pico com o mesmo nome, encontramos uma rocha com cerca de 20 metros de altura, famosa pela sua forma muito invulgar, de uma cabeça humana, que segundo o que consta foi referida, pela primeira vez por ingleses em relatos de viagens á Madeira com o nome “The Face”.

sábado, dezembro 03, 2005

Dedaleira


A Dedaleira – Digitalis purpurea – é uma planta herbácea que em alguns casos atinge mais de 1m.
As suas folhas são pequenas, têm a forma de uma lança, são finas e aveludadas.
As suas flores rosadas estão penduradas na haste da planta e também são aveludadas. O seu interior é constituído por umas manchas brancas com pontinhos rosa escuros.
Não é uma espécie endémica da Madeira e normalmente presenteia-nos com as suas lindas (mas venenosas) flores entre Março e Setembro.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Levada da Ribeira da Janela


Inaugurada em 1965, a Levada da Ribeira da Janela tem uma extensão de 15 km tendo a sua origem, na Ribeira da Janela, acabando no Pico da Lagoa, sitio dos Lamaceiros, concelho do Porto Moniz.
Construída com o principal intuito de fornecer agua á central hidroeléctrica da Ribeira da Janela, logo se tornou num dos roteiros favoritos para os amantes das caminhadas e da natureza no geral. São vários trajectos possíveis, que vão desde a levada em si, ida e volta, ou em alternativa o Rabaçal – Ribeira – Levada – Lagoa, ou ainda o famoso Galhano – Levada – Lagoa, isto só para citar os mais conhecidos, escolha o que escolher uma coisa é garantida, terá pela frente um passeio com um pouco de tudo aquilo que podemos esperar para uma boa caminhada, paisagem esplêndida do vale da Ribeira da Janela, vegetação diversificada e bem conservada, túneis originais e seguros, isto para não falar do bom estado em que se encontra todo o trajecto.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Rola-do-mar


A Rola-do-mar – Arenaria interpres – é uma ave de pequeno porte, que normalmente anda em grupos.
Procura os seus alimentos junto ao mar e na foz das ribeiras, onde pode ser facilmente encontrada.
A sua coloração de Inverno (asas e dorso castanhos, pretos e brancos) é menos vistosa do que a coloração de Verão (onde, para além dos tons de Inverno, os tons de amarelo-torrado e laranja sobressaem nas asas e dorso, e uma "mancha" preta cobre o peito e parte da cara); a sua barriga é branca, as suas patas são de um laranja muito forte e durante o voo notamos melhor a barra preta na sua cauda e uma “faixa” branca que vai desde o corpo até a extremidade de cada asa.