domingo, setembro 23, 2007

Colectiva de Fotografia 2007


Tânia Freitas

Ana Rita Baptista

Carlos Soares com alguns convidados

Miguel Ângelo em entrevista

Carlos Soares

Fernando Vieira

Emanuel Rocha

A Mouraria esteve duplamente de parabéns com as inaugurações da passada Terça-feira, dia 18 de Setembro de 2007.

A Colectiva de Fotografia 2007, em que os artistas fotográficos Ana Rita Baptista, Bruno Côrte, Carlos Soares, Emanuel Rocha, Fernando Vieira, Marta Leon, Miguel Ângelo, Ricardo F. e Tânia Freitas puderam expôr os seus trabalhos foi largamente elogiada e prova que, como diz o próprio director da Galeria “A Fotografia também tem o seu lugar numa Galeria de Arte”.

À parte da Colectiva foi também inagurada uma nova instalação no Project Room “London, Wroclaw, Praha, Kraków, 14 dias Maio 2006, Caldas da Rainha, 30 dias, Agosto 2006” da autoria de Nuno Santos.

Aconselhamos todos a visitar esta Galeria, pois os trabalhos apresentados têm muita qualidade e são muito interessantes.

A Mouraria Galeria de Arte situa-se na Rua da Mouraria, nº38 e o seu Horário de funcionamento é das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00 de Segunda a Sexta e das 10h00 às 13h00 no Sábado e a entrada é gratuita.

Penso que uma vez mais o fundador deste Blog e a sua ajudante (ausente) estão de parabéns pelo trabalho realizado que, de certo modo, divulgam a nossa linda Madeira.

sexta-feira, julho 06, 2007

Exposição "Cogumelos na Madeira"



Quem me conhece ou segue este blog, sabe do meu interesse pelo mundo dos Fungos, interesse esse que vem desde os primeiros passeios pedestres que fiz pelas serras e levadas da Madeira. Intrigou-me desde o início o facto destes pequenos seres estarem presentes em quase todo o lado, com aquelas formas curiosas e cores fantásticas, sempre denotando uma grande diversidade e capacidade de ambientação.
Este interesse levou-me ao longo destes anos a juntar fotos e dados, adquirindo livros e pesquisando, sempre na expectativa de conhecer melhor a Flora Micológica da nossa ilha, mas não tem sido uma tarefa fácil, pois a juntar a enorme complexidade que o mundo dos Fungos nos reserva, temos a juntar a cada vez maior falta de tempo, pois isto não passa de um passatempo e as responsabilidades da vida têm aumentado.

Também já referi que sou sócio da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal (AAPEF), participando regularmente nas acções da Associação.
Sabendo do meu interesse nesta área e conhecendo algumas fotos minhas, o Presidente da Associação, Dr. Raimundo Quintal, em nome da mesma, convidou-me para expor algumas dessas fotos, numa exposição temática inserida na celebração do 11º aniversário da AAPEF, claro que aceitei, além de ser uma maneira de mostrar o meu trabalho também será uma boa oportunidade para dar a conhecer e sensibilizar as pessoas para um mundo ainda muito desconhecido e muitas vezes ignorado.
Desde já agradeço ao Dr. Raimundo Quintal e a AAPEF, pelo convite e confiança no meu trabalho, agradeço também ao Eugénio Santos o seu trabalho na preparação e montagem da exposição.
A exposição terá lugar no Átrio da Câmara Municipal do Funchal, estando a sua inauguração marcada para a próxima Segunda-feira, 9 de Julho, pelas 17:30, com o título ‘Cogumelos na Madeira’.
É com muito prazer que convido todos os interessados a estarem presentes na sessão de abertura ou a visitá-la durante as próximas duas semanas. A exposição encontrar-se-á aberta ao público até o dia 23 de Julho, durante o horário de funcionamento normal da Câmara Municipal do Funchal.

Mas toda esta paixão pelos Fungos, nunca poderia ter sido possível sem a ajuda de algumas pessoas, que como não poderia deixar de ser, merecem um agradecimento especial, estou a falar da Tânia (Taninha), minha amada, grande impulsionadora e companhia desde o início na maioria das visitas de estudo por toda a ilha, sempre paciente a meu lado, muitas vezes sacrificando o seu próprio tempo livre para me ajudar, recolhendo também material fotográfico, não fosse ela uma grande fotógrafa; agradeço também à minha família por compreender a minha ausência e apoiar, e ao Sr. Luiz Franquinho, camarada nos estudos dos cogumelos, sempre pronto para ajudar e partilhar os seus conhecimentos, sem dúvida muito importantes.
Por fim agradeço também ao Prof. Diego de Calonge do Real Jardim Botânico de Madrid, a ajuda na identificação de alguns Cogumelos, e ao Dr. Menezes de Sequeira da UMA, pelo trabalho efectuado sobre a Micologia da Madeira, um último agradecimento a todos os amigos e conhecidos que sabendo do meu interesse vão me facultando informações e apoiando.

Termino com dois apelos:

1º - É importante saber que existem cogumelos comestíveis e outros venenosos, sendo em alguns casos muito difícil distingui-los, por isso nunca colha cogumelos com base em ditos antigos ou crendices, deixe a recolha de cogumelos para os especialistas na matéria, é sem vergonha que digo-vos que apesar de estudá-los há já algum tempo nunca os colhi para comer, mas também não sou especialista nisto, apenas um simples curioso.

2º - Quando alguma vez tiverem o privilégio de estar perante um cogumelo, não o destruam, lembrem-se que ele também tem direito a existir, fazendo parte de um ecossistema, digo isto porque já me aconteceu chegar a locais e encontrar cogumelos destruídos, parecendo terem sido pisados e pontapeados.

quinta-feira, maio 17, 2007

Miradouro do Fio


Situado na Ladeira dos Zimbreiros, freguesia da Fajã da Ovelha, concelho da Calheta, o Miradouro do Fio é um local privilegiado para desfrutar a paisagem oeste da vila do Paul do Mar.
O nome advém de no miradouro ter sido instalado noutros tempos um Fio de Carga, que servia para transportar mercadorias que abasteciam a freguesia da Fajã, evitando assim que as pessoas subissem a íngreme ladeira com enormes cargas às costas.
Felizmente, o antigo Fio e as ruínas do armazém que o mantinha, estão relativamente preservados, o que aumenta em muito o valor do Miradouro.Começando a descer a Ladeira dos Zimbreiros o Miradouro fica a 10 minutos de distância, mas para aqueles que têm mais tempo, capacidade física e gostam de caminhadas aconselha-se a descida pela Ladeira até à Vila do Paúl do Mar, sem duvida um percurso muito bonito e agradável.

domingo, maio 13, 2007

Uveira da Serra


Todos os anos a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal dedica um dia a uma actividade saborosa: a apanha da Baga da Uveira da Serra – Vaccinium padifolium – que se encontra em flor entre Maio e Agosto e dá-nos o seu fruto nos meses seguintes.
É uma espécie muito frequente a maiores altitudes, estando em maior destaque dentro da área do Parque Ecológico.
Este arbusto chega a atingir mais de 5m de altura, onde as folhas verdes em forma de elipse com cerca de 5cm de comprimento cobrem quase completamente a Uveira.
Os galhos mais recentes têm uma coloração avermelhada enquanto que os mais antigos conquistam a cor esverdeada e acastanhada.
As flores têm a forma de sino e a sua coloração é varia consoante a sua maturidade entre o verde, o branco, o amarelo suave e o rosa. Depois de todas estas fases coloridas é a vez do fruto começar a sua transformação do verde para o “quase” preto. Escondem-se entre as folhas, mas são também numerosos comestíveis e muito saborosos.
Para terminar saliento apenas que se trata de mais uma espécie endémica da Madeira.

quarta-feira, abril 04, 2007

Vigias de Baleias


A Ponta do Garajau é um local de visita obrigatória para todos aqueles que nos visitam, não deixando também de ser muito procurado pelos residentes, principalmente nas tardes de domingo.
Tudo isto por causa da enorme estátua do Cristo-Rei, e da fantástica vista sobre praticamente toda a costa do concelho do Funchal.Mas hoje não vou falar de nada disso.

Quando chegamos junto ao varandim por debaixo do Cristo-Rei e olhamos para o mar, vemos a escassos metros, uma pequena construção em cimento que parece abandonada, foi uma coisa que sempre me causou grande curiosidade. O que seria e para que serviria?

Na década de 40 do século passado, com a Europa em guerra foram construídas um pouco por todo o arquipélago pequenas vigias, a finalidade destas vigias era controlar os submarinos inimigos. Nessa mesma altura inicia-se na Madeira a caça à Baleia, sendo desde logo, estas pequenas vigias (6 na ilha da Madeira, 3 nas Desertas e 2 no Porto Santo) aproveitadas pelos baleeiros para vigiar o aparecimento de Baleias.
Com o fim desta actividade, as vigias foram votadas ao abandono, tendo a maioria desaparecido, e mesmo a da Ponta do Garajau está neste momento bastante degradada, parecendo ser usada como wc.